Ao optar pela preventiva, seu mecânico pode determinar junto com você as prioridades de manutenção, ou seja, com determinada quilometragem o que realmente precisa ser substituído de imediato e o que pode esperar mais alguns milhares de quilômetros ou alguns meses. Dessa forma, os custos com a manutenção preventiva se tornam extremamente baratos a médio e longo prazo, quando comparados aos custos de uma quebra inesperada e os transtornos que a acompanham.
SEGUEM ALGUMAS DICAS :
CUIDADOS COM O ÓLEO
Verifique o nível do óleo semanalmente.
Veja como:
Com o motor frio, preferencialmente pela manhã antes da primeira partida e estando o veículo em piso nivelado retire a vareta do óleo, limpe-a com um pano ou papel insira e retire-a novamente.
O nível de óleo deve estar entre as marcas “Min” e “Max” gravadas na vareta.
Se necessário complete com o óleo recomendado pelo de mesma marca e ou recomendado pelo fabricante.
A maioria dos fabricantes considera normal um consumo de até 1 litro de óleo para cada 1000 quilômetros rodados.
LIQUIDO DE ARREFECIMENTO
Verifique o nível da água.
Com o motor frio e veículo nivelado, a água deve estar entre as marcas “Min” e “Máx” do reservatório.
Se houver necessidade de completar a água com muita frequência, Leve o veículo para um diagnóstico.
Não confie 100% dessas tarefas rotineiras ao frentista do posto de gasolina, muitos motores apresentam problemas sérios ocasionados pelo excesso de óleo e/ou proporções incorretas de aditivos de radiador, adicionados sem critérios nos postos de combustível.
CORREIA DENTADA
Utilizada em muitos motores, a correia sincronizadora (ou dentada) fica protegida por uma capa, não sendo possível examiná-la fora da oficina.
A sua função é manter o sincronismo entre a árvore de manivelas e o eixo comando de válvulas.
Se quebrar causará sérios danos nas válvulas e até nos pistões.
Sua troca ocorre em média a cada 50.000 quilômetros, dependendo do modelo do carro.
Informe-se no manual do proprietário ou na concessionária da marca do veículo sobre o intervalo de troca e siga-o rigorosamente.
FILTROS
Tanque, bomba de combustível, mangueiras, filtros, carburador ou injeção eletrônica. São os componentes que fazem parte deste sistema.
Para manter o sistema de alimentação em ordem a troca dos filtros é fundamental.
Filtro de Ar
Deve ser verificado periodicamente. Se estiver muito sujo deve ser substituído. Um filtro de ar sujo prejudica o desempenho do veículo, e aumenta o consumo de combustível.
Filtro de combustível
Troque nos intervalos recomendados pelo fabricante, em média nos veículos a gasolina a cada 20.000 quilômetros e nos a álcool entre 7.000 a 10.000 quilômetros, dessa maneira estará preservando o sistema de alimentação contra as impurezas do combustível.
Ao contrário dos veículos com carburador onde o filtro fica bem visível no cofre do motor, nos veículos com injeção eletrônica ele fica geralmente na parte inferior do veículo próximo ao tanque e muitas vezes sua reposição acaba sendo esquecida. Filtro entupido costuma deixar o motorista a pé!
VELAS DE IGNIÇÃO
Devem ser trocadas conforme a recomendação do fabricante. Em geral a cada 20.000/30.000 quilômetros.
Carros turbinados de fábrica, com aumento de pressão de turbo (com chip instalado), verificar a cada 10.000 quilômetros.
Velas gastas causam falhas no funcionamento do motor, aumento no consumo e na emissão de poluentes.
BATERIA
As disponíveis do mercado hoje são do tipo “seladas” , ou seja , não é preciso adicionar água , o que não significa que estejam totalmente livres de manutenção.
Alguns cuidados evitam que você fique na mão na hora de dar a partida:
– Verifique periodicamente se os cabos estão limpos e bem fixados aos pólos da bateria.
– Mande testar anualmente as condições de funcionamento do sistema de carga e partida; bateria; alternador e motor de partida.
PNEUS E RODAS
Pneus e rodas são equipamentos básicos de segurança.
O estado de conservação e a calibragem correta garante a aderência na pista e a eficiência nas frenagens.
Use sempre pneus com as medidas indicadas no manual do veículo. Tamanhos incorretos alteram o comportamento da direção e tornam o veículo inseguro.
Calibre os pneus pelo menos a cada 15 dias ou antes de pegar a estrada. Procure fazê-lo sempre com os pneus frios, preferencialmente pela manhã.
Calibragem incorreta provoca desgastes irregulares na banda de rodagem do pneu, diminuindo sua vida útil. Se a pressão for insuficiente o pneu gasta principalmente nas bordas; se for excessiva, o desgaste será maior no centro.
Não esqueça de calibrar o estepe, que junto com o macaco, chave de roda, triângulo e extintor fazem parte dos equipamentos obrigatórios por lei.
Os pneus modernos trazem indicadores de desgaste, normalmente um triângulo ou as letras TWI impressos na lateral. Quando o desgaste atingir a marca TWI está na hora de trocá-los.
O limite legal de profundidade dos sulcos dos pneus é 1.6mm. Abaixo disso são considerados “carecas”, podendo o veículo ser apreendido pelas autoridades de trânsito.
Faça o rodízio, o alinhamento e balanceamento a cada 10.000 km, isso aumenta a vida dos pneus e mantém o conjunto da suspensão e direção equilibrados, melhorando a segurança e dirigibilidade do veículo.
FREIOS
Não brinque com a segurança, verifique regularmente:
– O nível do fluído de freio.
– A espessura das pastilhas a cada 10.000 km.
– A lonas de freio e ajuste do freio de estacionamento a cada 30.000 km.
Troque o fluído a cada 2 anos, ou conforme a recomendação do fabricante. A troca é necessária porque o fluído absorve umidade. A presença de umidade diminui o ponto de ebulição do fluído, provocando ineficiência na frenagem.
Não se esqueça de poupar os freios; ao descer uma ladeira nunca o faça em ponto morto.
Ao trocar as pastilhas o mecânico deve medir a espessura do disco de freio. Se estiver dentro da tolerância poderá ser retificado para tirar qualquer imperfeição e garantir a durabilidade das novas pastilhas. Se estiver fora da medida, deverá ser substituído.
Quando trocar as pastilhas evitar frear bruscamente nos primeiros 300 quilômetros para garantir o perfeito assentamento das pastilhas e discos de freio.
AR CONDICIONADO
Outro equipamento que está se tornando indispensável nos dias de hoje é o ar condicionado.
Para mantê-lo funcionando corretamente, o sistema deve ser ligado pelo menos 15 minutos por semana, mesmo nos dias mais frios. Isso é necessário para evitar o ressecamento das mangueiras e vedadores do compressor.
Muitos são equipados com um filtro que impede a entrada de impurezas externas e requer a troca anualmente.
SUSPENSÃO
Ruídos e falta de estabilidade nas curvas são os primeiros sinais de problemas!
Faça uma revisão a cada 30.000 km e mande examinar:
– Amortecedores, molas e batentes quanto a ação e vazamentos;
– Folgas nas bandejas, buchas e pivôs;
– Folgas nos terminais e barras de direção.
CÂMBIO E EMBREAGEM
Verifique o nível do óleo do câmbio a cada 30.000 km. Alguns modelos não necessitam troca (Consulte o manual do seu veículo). Se perceber vazamentos, providencie o conserto o quanto antes.
Evite trancos durante as trocas de marchas, você pode estragar os anéis sincronizados e quebrar alguma engrenagem, e reparo no câmbio custa caro.
Não use o pedal da embreagem como apoio para o pé, se fizer isso a vida útil da embreagem estará comprometida.
Nas ladeiras use o freio de mão, nunca segure o carro usando os pedais da embreagem e do acelerador, se o fizer, estará queimando a embreagem e diminuindo a vida útil do conjunto, além de gastar combustível desnecessariamente.
Pedal de embreagem muito duro e dificuldade de engatar as marchas é sinal de desgaste no conjunto. A vida útil varia conforme o modo de conduzir o veículo.
CÂMBIO AUTOMÁTICO
O câmbio automático caiu no gosto dos motoristas brasileiros. Sua manutenção requer a troca de óleo e filtro nos intervalos recomendados pelo fabricante. Não descuide, procure um serviço especializado na hora da manutenção.
Para aqueles que ainda não têm um carro automático ou não conhecem o significado das letras PRND no console da alavanca, confira:
P – Park ou estacionado
Trava o câmbio e impede a movimentação do veículo
R – Reverse ou marcha à ré
N – Neutral ou ponto morto
D – Drive ou dirigir
Nesta posição todas as marchas mudarão automaticamente conforme a rotação do motor e velocidade do veículo.
Os números 3-2-1 quando selecionados fazem as trocas somente até a marcha indicada, podendo ser utilizado em descidas para poupar os freios ou nas subidas, se estiver rebocando um trailler por exemplo.
Fonte: http://www.nascarchips.com