O governo federal oficializou no mês de outubro de 2012 o Inovar-Auto, o novo regime automotivo brasileiro. Entre as principais exigências, está a produção de veículos em solo nacional que consumam 13,6% de combustível a menos do que é hoje.
Com o novo regime, as montadoras estão agora obrigadas por lei a fabricar carros mais econômicos e menos poluentes, aproximando a qualidade de seus produtos aos padrões dos EUA e da Europa, por exemplo.
A tecnologia para que isso aconteça já existe. São muitas soluções já implantadas nos países desenvolvidos: downsizing de motores (motores menores, mais econômicos e com maior desempenho); sistemas que ajudam na economia de combustível, como o Start/Stop, que só gasta combustível quando o carro estiver em movimento; além da introdução de veículos elétricos e híbridos no mercado.
O problema maior está no custo disso. Se os carros populares brasileiros são os mais caros do segmento no mundo com tão pouca tecnologia e refinamento, imagine se forem equipados com tais recursos? Independente dessas questões, as montadoras já estão estudando como atingir as metas do Inovar-Auto. E isso, não é por acaso.
Os fabricantes que cumprirem o regime serão beneficiados com a redução de 2 pontos percentuais no IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados – e ainda terão direito a mais 2 pontos de corte se investirem em novas tecnologias no Brasil.
Pelo menos em teoria, se essas metas forem alcançadas, os carros populares fabricados no país terão pelo menos uma eficiência energética de 17,2 km/l consumindo gasolina, e 11,9 km/l rodando com etanol. Além de terem a taxa de IPI de 7% (para carros até 1.0 litro) cortada para 3%.
Além da redução no consumo, os carros terão que reduzir as emissões de poluentes até 2017. Em média, cada automóvel deve emitir no máximo, 135 gramas de CO2 por quilômetro percorrido. Na Europa, a emissão permitida é de 130 gramas de CO2 até 2015 e 95 gramas até 2020. Os EUA são menos rigoros, são 154 gramas até 2016.
O cálculo do consumo de combustível vai considerar a média de consumo de todos os modelos produzidos no país. Se as montadoras não atingirem a meta do Inovar-Auto, não haverá redução tributária.
Os veículos elétricos e híbridos estão de fora desse cálculo, por enquanto. A falta de políticas de incentivos fiscais e de infraestrutura dificultam esse mercado aqui. Para termos uma idéia, o Toyota Prius de motorização híbrida chega em janeiro de 2013 nas lojas brasileiras pelo preço de R$ 120 mil, enquanto que nos EUA o valor é de US$ 25 mil ( cerca de R$ 51 mil, na cotação de hoje).
Fonte: http://www.motorclube.com.br